quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Jingle Bell! Jingle Bell!


Está chegando o natal e as tradicionais festas de final de ano, e essas datas sempre me trazem alguns questionamentos e inquietações. Vamos partir do princípio de que o natal seja uma data comemorativa da igreja Católica, que celebra o nascimento de Cristo e de que a passagem do ano seja um momento de reflexão e análise de tudo que aconteceu e de tudo que aspiramos para 365 dias que se seguem.

Quantas pessoas realmente lembram disso? Falo sinceramente... Você que por ventura esteja lendo esse texto já parou para pensar no real significado de tudo isso? Já parou na noite de natal, orou, agradeceu a Deus por estar em família (partindo do pressuposto de que você se reúna com sua família), e as dádivas Divinas, inclusive da própria vida? Ou simplesmente trocou presentes e ainda reclamou do que ganhou, pois foi inferior ao que deu?

Já parou na virada de ano e fez uma reflexão desse momento mágico? Ou simplesmente pulou três ondinhas (ou são sete?), comeu algumas uvas e fez qualquer outro tipo de simpatia só porque viu alguém fazendo e para não correr o risco de ter um ano de pouca sorte comprou até peça nova amarela (para trazer dinheiro – já que a situação está tão difícil e você tem medo que isso atinja também sua vida)?

Hoje o que vemos são datas quase que puramente comerciais. O governo e demais empresas privadas injetam dinheiro na economia (com o 13º salário), abusam das propagandas e agora até das promoções, para que as pessoas aumentem seu poder de compra, e consumam, consumam muito nesse cenário altamente capitalista. Esse é o período do ano em que o comércio mais bate recordes de vendas.

E o bom velhinho (digo Papai Noel), foi criado por quem? Será que simplesmente para incitar a compra de presentes? Porque realmente você não vai deixar seu filho, sobrinho ou alguém que você goste muito com o sapatinho esperando na janela...

Não quero destruir os sonhos de nenhuma criança, muito menos parecer radical, ao tecer esse tipo de comentário. Tudo tem dois lados. E se é bom para o comércio, é bom para economia, é bom para nós pobres mortais, pois afinal centenas de empregos temporários são gerados (esperança de muitos – que esperam o ano inteiro por essa oportunidade e que fazem das tripas, coração, trabalhando até às 23h da véspera de Natal – isso sem falar dos que trabalham nos dias 25 e 31 para proporcionar grandes festas e eventos – com o objetivo de tentar segurar o emprego após a euforia consumista, ou simplesmente para levar o pão de cada dia para casa).

Claro que é bacana a troca de presentes, a roupa nova no réveillon (para dar sorte), mas que não seja só isso. O grande problema é que tem gente que gasta o que tem, e o que não tem para muitas vezes apenas “impressionar”, e já entra o novo ano com mais dívidas, e provavelmente passe o restante dos meses tentando quitá-las ou amortizá-las.

Os apelos da mídia , de algumas campanhas publicitárias, para tentar sensibilizar as pessoas à caridade e à partilha, são até válidos de certo modo, mas com certeza as crianças que vivem em orfanatos e na rua não precisam de boa alimentação, roupas e brinquedos apenas no final do ano.

O perdão, a caridade, o respeito ao ser humano devem ser praticados diariamente, em todos os momentos. Portanto, não espere chegar as festas para ser solidário, para pensar no próximo, para perdoar, para dizer que ama, para se confraternizar com sua família ou amigos. Mas, se não foi possível durante os 12 meses – por qualquer motivo que seja, então aproveite sim o Jingle Bell.

Faça com que esses momentos sejam realmente especiais. Reúna pessoas que você ame, se puder viaje para passar o natal com seus familiares, se não puder reúna bons amigos. Abrace seus pais, seus irmãos, seus avós, diga o quanto eles são importantes, e o quanto é bom tê-los presentes em sua vida. Faça uma ligação para aquele amigo distante. Agradeça a Deus, faça uma oração – mas, uma oração de verdade, com todo seu coração. Entre em sintonia com o universo, com a natureza. Faça das falhas e dos erros, motivos para torná-lo uma pessoa melhor. Faça planos, trace metas, objetivos, pense onde quer chegar daqui a um ano. Seja feliz hoje pelo que tem, principalmente pela saúde. Não perca tempo. A vida passa rápido, e muitas vezes as pessoas que amamos são tiradas da gente muito depressa, e sem aviso prévio.

Ah, e troque de presentes sim, desde que isso não te deixe endividado. Se não puder dar um presente, dê um abraço, muitas vezes isso vale muito mais... Só não deixe de estar perto das pessoas que ama... Mais do que comemore, celebre!


Jingle Bell! Jingle Bell! Ho Ho Ho!
Feliz Natal a todos!

Todo mundo nasce para o que é


Às vezes fugimos de nós mesmos
da nossa essência
nos desviamos por caminhos confusos
e perdemos o eixo

Mas, a verdade é que tudo isso é passageiro
sempre voltamos ao começo de tudo
pra o que nascemos pra ser
pra o que fomos criados

E só com o tempo aprendemos
o que nos faz fortes
o que realmente importa
e começamos a encarar a maturidade como um fato

Começamos a apurar nosso gosto
a escolher as companhias
a entender que o meio influencia
e a não nos deixar levar pelas simples aparências

Aprendemos o real significado do ditado:
“antes só do que mau acompanhado”
e constatamos que temos mais dos nossos pais em nós do que imaginamos
e que isso nos faz um bem enorme

Deciframos a síntese de que:
o caráter vem com nossa essência
é moldado pela educação
e exterioriza na personalidade

Mas, não se preocupe em entender tudo isso agora
pois a maioria desses aprendizados vem aos poucos
se apresenta em capítulos distintos da vida
e quando você se der conta já se tornou pra o que nasceu

Não que me falte inspiração
e que eu queira economizar algumas linhas
mas é que não há muito o que explicar
um dia você vai entender e retornar pra onde deveria estar...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Se conselho fosse bom...


Dizem que se conselho fosse bom a gente não dava, e sim vendia. Mas, sem cobra-lhe o preço aqui vão alguns...

Nunca perca uma oportunidade, ela pode lhe levar para onde você realmente vai querer estar. Às vezes as oportunidades vêm camufladas, mas ao percebê-las arrisque, vá onde elas estão, e espere a colheita dos frutos.

Não guarde mágoas em seu coração... Como vi no nick de um grande amigo esses dias: guardar ressentimentos é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra. Mas, como diz outro: no orkut só tem modelo e no msn só tem poeta... então fique com suas verdades e impressões!

Seja feliz sempre! Seja feliz hoje! Seja feliz todos os dias! Nem que seja por um minuto apenas! A vida é curta... então faça valer à pena! Descubra a mágica da vida e dos acontecimentos! A felicidade está ao seu alcance! Abra os braços e deixe ela chegar perto... experimente ser feliz...

Faça sempre o melhor que puder, em todos os sentidos, e faça por você – porque só assim você não corre o risco de se decepcionar! Além disso, o mundo não para de girar, e se você não obteve reconhecimento hoje, com certeza ele virá, e talvez venha no momento que você mais precise...

Se entregue à vida, ao amor, à felicidade. Sorria, chore, cante, sofra, brinque, extravase, morra de amor, se apaixone, perdoe, caia, levante, viva tudo intensamente! Só assim tudo valerá a pena...

E por último...

Siga sempre sua intuição! Ela é sábia...

Namastê!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Uma crítica às novas relações


Existem várias teorias e vários “teóricos” falando sobre a mudança das relações humanas, inclusive sobre a alternância dos conceitos “amorosos”. É um tema explorado por muitos, com ou sem substância, mas que povoa todas a mentes, inclusive de “filósofos” de mesa de bar como eu.

Entre chops, drinks, rodas de amigos, conversas banais, observações mundanas, e puro empirismo, fui montando minhas próprias concepções e citações.

Em menos de uma década podemos observar pontos relevantes de um novo comportamento sexual e “amoroso” de toda uma sociedade. – Repare que utilizo sempre o amor ou seus derivados aspado porque nem os conceitos de amor são mais os mesmos. O amor que inspirou grandes poetas, tornou-se banal, quando não supérfluo.

Relembrando a fase adolescente do meu distinto grupo de amigas, lembro-me como hoje (Nossa! Já se passaram bons anos!) de que nunca pregamos ser santas, às vezes até nos chamávamos de “piriguetes”, encarávamos muitos reggaes (como chamamos festas, baladas por aqui), regados a algumas cervejas e muito beijo na boca – principalmente nos bons carnavais da vida.

Mas, só isso! Tudo muito saudável (se é que pode-se dizer assim). Sempre fomos garotas decidas, determinadas e autênticas. Recordo-me bem das primeiras revelações a respeito de sexo. O máximo que os garotos desciam a mão era até a cintura, pegar na bunda já era desrespeitoso – apenas permitido para namorados. E nisso nós tínhamos 16, 17, 18 anos!

O que vemos hoje são garotas de 12, 13, 14 anos “ralando a tcheca no asfalto”, insinuando um ato sexual ao ritmo do bom pagode baiano, arrocha, e ritmos afins. E não fica só nisso, olhou, sorriu, elas pegam geral. De ficantes, os garotos passaram a “merendinha”, no sentido mais chulo que o termo possa oferecer. Uma noite de sexo muitas vezes é “paga” com algumas cervejas, uma volta no carro novo da “merenda” com um som estrondando os tímpanos, e músicas que provocam a libido.

Fidelidade, lealdade e respeito são palavras banidas do dicionário da maioria dos jovens. E a traição hoje virou ato corriqueiro, admitido e assumido por “putões” e “gostosonas”. É... não são só mais os homens que traem por prazer, as mulheres também, e quando o fazem são bem piores que a espécie masculina (e esse não é um comentário machista – apenas uma retratação da realidade).

A verdade é que os relacionamentos tornaram-se tão instáveis e fugazes, que muitos aceitam essa condição porque entendem que não vão encontrar nada melhor mesmo. Porquê muda-se o parceiro, mas não o “problema”. Como quase mais ninguém assume compromisso, os poucos que conseguem a façanha de manter uma relação em meio a micaretas, e calendários de festas (de pura pegação) o ano inteiro, se acham tão vitoriosos que pagam o preço (da traição).

Casamento ficou demodê, arcaico, e até um ato leviano, se pensado do ponto de vista que as pessoas já casam com o seguinte pré-conceito: se não der certo separa!. A instituição da família está falida. O “barato” agora é juntar as escovas de dente, e produção independente. Os filhos crescem sem referências, sem educação de berço (é... ainda acredito nesses valores), e o mínimo de respeito pelos pais (ou geradores). O “futuro da nação” serão os próximos “pegadores” (e tenho até medo de pensar com que idade começará a vida sexual e “amorosa” desses meninos e meninas).

Esses não são conceitos hipócritas, radicais ou repressores. Concordo que mulheres de verdade podem e devem viver sua liberdade sexual, ter suas aventuras, satisfazer suas fantasias e prazeres. Ter noites de sexo, sem amor, pelo puro prazer. Isso tudo acontece, e pode ser muito bom. O ponto chave aqui é respeito. Porque muitas mulheres lutaram tanto pela liberdade sexual que acabaram tornado-se objetos a disposição do reles prazer masculino.

A crítica é à banalidade das relações, inclusive das casuais. Porque muitas mulheres vão pra cama com “homens” que após o ápice do prazer sexual, não querem mais nem olhar para suas caras ou saber seus nomes. As mulheres abriram tanto as pernas, literalmente, que os homens não se preocupam mais nem em conversar dez minutos se quer com elas. E tudo acaba em meia hora (ou enquanto durar o gás do garotão)...

E o pior é constatar que tudo isso acontece com o consentimento das mulheres, porque se eles agem assim é porque elas permitem. Porque quando um não quer, dois não f... (já dizia o ditado)... Diante de tudo pergunto-me: onde tudo isso vai parar? - e a resposta vem a cavalo... (na cama de um motel! - na maioria dos casos).

sábado, 13 de dezembro de 2008

Solidão proposital e natural


Esses dias são de solidão
de profunda introspecção
tudo meramente proposital
quase natural

Dias assim sempre rondaram-me
e já foram bem mais extensos
de tal forma
que perdia a noção do tempo

Preciso disso pra tentar colocar
tudo no lugar
mesmo que o resultado
seja ainda mais desconexo

Tenho visitado memórias
glórias e fracassos
tentando entender
quais foram os meus passos

Sinto-me irritada
irritável
entediada
e sem a mínima sutileza

Tenho pensado muito
em nós, vós e outros
nos meus anjos e demônios
em tudo que era pra ser e não foi

Não estou boa pra conselhos
custo a me olhar no espelho
e não me venha com seus atropelos
tentando colocar razão na minha emoção

Não pense que submergi
mas, é que sempre fui assim
e só assim cheguei aqui
tudo isso sempre fez parte

Será que lhe desapontei?
Desculpe-me pelos rubores
mas, é que jurei
não mais me esconder

Então se hoje não quero conversa
me deixa, solta minha mão e entenda
que é em dias assim
que mais me revelo e mais me acho

Pois tenho temperamento reticente
olhar eloquente
humor alternante
e defeitos inerentes

Posso ser amarga
impaciente
injusta
e até arrogante

Melhor parar por aqui
pra você não achar
que não consigo me encontrar
volto ao ponto de partida

Pois prefiro ficar com a solidão
do que com seu julgamento
que pode ser pequeno
diante dessa imensidão do meu pensamento...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Penso que pensar menos


Tento organizar meus pensamentos
mas eles não obedecem
a cronologia do tempo

Eles vêm e vão
pra frente, pra trás
não tem começo, meio ou fim

Simplesmente perambulam
por uma sucessão de acontecimentos
que preferia nem lembrar

Mas, insistentes
me põem a divagar
por lugares que nem queria estar

Sem inspiração, causa ou consequência
eles aparecem e desaparecem
no meu infinito particular

Porém, não os culpo
pelo desconforto
afinal as escolhas não foram casuais

Queria lembrar-me apenas
daquele luar
e de tudo que fez-me feliz

Refutando...
não jogaria nada fora
pois tudo me trouxe ao que sou agora

É só uma mania passageira
essa de me reportar
ao que não vale nem se culpar

Isso não é um aporte nostálgico
poderia sê-lo
já que minha essência o é

Mas, é só um momento
dos meus pensamentos
que teimam em não silenciar...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Entrando para os palcos


Cansei de me esconder
quero mais é me expor
agora é assim que sou

Chega de medos
chega de ser quem não sou
saio da platéia
e entro para os palcos

Não gostou?
É banal? Trivial?
Sou tudo menos superficial!

Não quero agradar ninguém
apenas ser minha própria imagem
e me desvendar em linhas obtusas

Sou Anna
Mas, posso ser Srtª Gê
Depende de como você me vê

Confesso ser um prazer
me reapresentar pra você!
Não precisa se agraciar
apenas me acompanhar...

Julgue como quiser
quero mesmo é provocar!
Não vou atender a todos os seus anseios mesmo
esse é apenas um despertar...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

As inquietações de Fafinha


Não consigo ser superficial, sempre vou fundo, minhas emoções gritam, e vivo tudo muito intensamente. Prefiro sentir tudo, beber até a última gota, engolir tua saliva, respirar todos os cheiros, provar todos os temperos, e provocar todos os anseios.

Gosto de falar sobre o amor, tudo que ele traz ou de tudo que ele leva. E para nosso capítulo de hoje apresento-lhes“Fafinha”. Uma mulher de 60, mas com as mesmas inquietações e medos de um coração de 15, 20, ou 30.

Na hora do meu cigarro matinal (eu sei, eu sei! ainda paro com isso*, ou seria vício?!), no intervalo das obrigações diárias, encontro essa alma inquieta vindo em minha direção. O primeiro assunto foi sobre o fumo, “Uma moça tão bonita fumando...”, exclamou. E foi logo despejando: “preciso desabafar”.

Como uma boa ouvinte e todo jornalista que se preza (e não há como fugir disso), fui tratando de aguçar os sentidos. Vou relatar o resumo da ópera... A “Fafinha” em questão, tinha ficado viúva há alguns anos, e há 14 convive com um senhor também viúvo. Na tranquilidade da terceira idade e do balanço na rede da casa no campo, sem esperar grandes surpresas da vida, eis que surge a “prima malvada”.

A nova personagem da história entra em cena querendo roubar-lhe o “amante”. Fafinha com profundo sentimento, medo da solidão e de tudo que ela traz, confessa que o parceiro está dividido - e não satisfeito pediu-lhe que caso opte pela segunda opção, que esta não se envolva com outro alguém, nem guarde ressentimentos, pois precisa dos seus cuidados (já que este – o companheiro, sofre com problemas de saúde). P.S.: Impressionante como os homens em qualquer idade são altamente egoístas!

Ao concluir o desabafo a simpática senhora mostra-me uma sacola de remédios e manchas roxas nas pernas causadas por problemas cardíacos decorrentes da atual situação. Na verdade acho que ela só precisava naquele momento de alguém paciente para ouvi-la, mas ainda assim pediu-me conselhos.

O outro ângulo da história... No auge dos meus 26 e meio, chegando à crise dos trinta, sem estabilidade profissional, com histórias amorosas não tão bem sucedidas, sem filhos, carro, apartamento, livro escrito ou árvore plantada, mas cheia de teorias na cabeça e sentimentos borbulhantes, me vi sentada naquela praça dando conselhos sentimentais a uma estranha que me parou para falar sobre os dessabores do amor.

Não passei muito do trivial e dos conselhos estilo auto-ajuda (não se desespere, tudo que tiver de ser, será! O primeiro e o único amor é o amor próprio! Não se prejudique, muito menos a sua saúde por quem não te merece! Tudo passa!), enfim... Nesse momento, confesso, fui superficial, contrapondo ao que afirmo no topo do texto. Mas, não havia muito o que dizer, apenas observar, sentir, perceber...

Perceber que o amor é um tema infindável, e que ele não escolhe a quem vai presentear com suas doçuras ou vai sufocar com suas amarguras. Passa-se o tempo, mudam-se os cenários, aumenta-se a idade, mas o amor está sempre vivo, presente, atuante. As formas de amar e os tipos de relacionamento até mudam, para pior na minha concepção, pois no auge da geração “pegação”, do ninguém é de ninguém e dos relacionamentos “abertos” o amor parece que ficou meio fora de moda. Enfim... essa parte fica para um outro momento!

A história de hoje termina então com um abraço, das já então velhas conhecidas, e com desejos de boa sorte, e coisas do gênero. Ah, ela perguntou sobre o estado do meu coração, eu disse que estava recém partido, mas já curado, sonhando com um novo amor, pois ele não consegue ser solitário. E ela me desejou um bom marido, como uma mãe deseja a um filha. P.s.: Que os anjos digam amém!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Quando o amor acaba...


Passadas todas as sensações, emoções
sabores e dissabores do amor
um dia fatalmente ele acaba
ao menos os pouco verdadeiros tem um fim

E não tente achar explicações
culpados
nem tente entender
ele simplesmente acaba e pronto

Não gaste seu tempo
não perca seus neurônios
não passe noites em claro
não sofra

Porque de uma maneira ou de outra
que você nem se dá conta
também acabou pra você
e o amor simplesmente deixa de existir

Muda de cor
muda de fase
muda de cara
muda de humor

Quando você percebe já passou
foi embora sem se despedir
achou uma brecha
e escapou

Tudo deixa de ser real
é... simples assim
não tem mais frio na barriga
nem taquicardias

As afinidades começam a sumir
os olhares se desviam
as mãos se soltam
os corações se separam

Mas, quando a ferida fecha
pronto!
Você está curado
e tudo volta a ficar em paz

Tudo é um ciclo
que começa a se fechar por dentro
e de repente você sente
que tudo deixou de ser como antigamente

Durante um certo tempo
pode até parecer estranho
essa ausência de sentimento
mas, até isso é por pouco tempo

E para acabar guarde sempre o que foi bom
guarde o melhor dos seus amores
e se alguém te perguntar
diga sempre que VALEU!!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Na falta de sobriedade...


Não sou Capitu
mas, estou com olhos de ressaca
e na pouca sobriedade que me resta
vou relatando os fatos

Fui criando mundos particulares
com códigos e passagens secretas
passaportes para devaneios insanos
e bilhetes de ida e volta

Funciona assim
um corpo
minha mente
em lugares diferentes

Sentimentos confusos
pensamentos errantes
algumas memórias
pouca lógica

Tudo pára
você continua girando
o lugar é comum
mas, você nem está ali

Passeando por rodas gigantes e cavalinhos
a viagem é sempre solitária
o corpo não acompanha
é só o translado de idéias

Ninguém percebeu
mas, já fui e já voltei
e antes que a sobriedade volte
vou tratando de me despedir...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Dança do acasalamento


Tudo começa assim:
Pele bronzeada
mulher brasileira a coisa mais linda!
Chamada de avião
corpo de violão
a maior obra prima!


E aí vem:
chegando, chegando, chegando...

e vai quebrando tudo:
arrebenta com as cadeiras
ordinária swingueira

porque:
a festa não tem limites!
E quebre! Quebre! Quebre!


E começa:
Ih vai, te levar pra trás
ohh vem, pra frente e decola


E vai aumentando o ritmo...
Ela canta:
Tchuco! Tchuco! Tchuco gostoso!
É tão bom! É gostoso!
É tão bom fazer o tchuco gostoso!


Ele canta:
Pressão! Vou botar pressão mamãe!
Rala a checa no chão! Rala a checa no chão!

E agora ainda tem:
Rala a checa no asfalto! Rala a checa no asfalto!

E se vacilar leva:
Toma gostosa, lapada na rachada!
E ela responde:
Só se for na rachadinha!
Vaiiiiii, dá tapinha na bundinha! Vaiiiii!
Que eu sou sua cachorrinha!


Cuidado com a velocidade 10:
Creu! Creu! Creu! Creu!Creu! Creu!Creu! Creu!
Creu! Creu!Creu! Creu!Creu! Creu!Creu! Creu!
Creu! Creu!Creu! Creu!Creu! Creu!Creu! Creu!


E no final ela ainda leva:
Você até que é bonitinha
mas, é abestalhada
pegou papai aqui
agora está apaixonada...


E quase chorando ela termina:
Pensei que era cordeiro
mas você foi lobo mau
me deu um “zig now”, “zig now”, “zig now”
“zig now”, “zig now”, “zig now”, “zig now”


Depois que
provocou
experimentou
chupou o era de uva
sentou no que era de menta
lambeu o que era de manga...

Ainda tem coragem de falar:
A lua me traiu...

E aí termina:
Ela tem cara de jaca
nariz de xulapo
estria nas pernas
bunda de peteca
perna de alicate
cabelo de assolã
Vaza canhão! Vaza canhão! Vaza canhão!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Na ausência do dia


A noite chega
faceira e dissimulada
com seus mistérios e segredos

Gosto do silêncio
das inquietações
e das sensações

Aprecio as cheias
o olho do mundo a nos observar
em um monólogo particular

Vários submundos
centenas de idéias soltas
universos infindáveis

Reflexão
Medo
Nostalgia

Tranquilidade
Amor
Alegria

Corre
ela está indo embora
já é quase dia...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Quem desinventou o amor?


Sentimentos fugazes
relações instáveis
noites baratas

Pensamentos errantes
corpos desalinhados
calor ofegante

Um vinho
pouca conversa
muito suor

Um compasso
cheiros, peles, desejos
tremores

Acabou
espero que tenha sido bom pra você
até mais ver

Já é quase dia
a cama agora fria
e o coração vazio

E assim segue
dia após dia
a decadência do amor

O prazer fácil
o compasso
e o descompasso

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O vazio de você


Tinha tantas coisas pra te dizer
e pouca coragem pra falar...
Tantas palavras não ditas
tantos abraços não dados,
mas, muito amor aqui guardado...

Você me escolheu quando nasci
e eu te escolhi quando cresci
com certeza um encontro de almas...

Você deixou um vazio aqui dentro
que não vai ser preenchido nunca
só quando a gente se encontrar novamente...

Desculpa por ter fugido tanto
e por ainda não conseguir rezar por você,
mas é que ainda dói demais...

Prometi não mais chorar,
mas é exigir demais
por isso calo!

Sinto saudades de tudo
em todos os momentos,
mas o que fazer se tudo me faz lembrar você
e ninguém pode me impedir disso...

Você me ensinou a caminhar, a crescer, a viver, a sofrer, a amar, a ser alguém
acho até que me desviei em alguns momentos,
mas me perdoa por isso...

Você se foi
mas continua aqui dentro
pulsando no meu coração e na minha vida
e ainda consigo te sentir bem perto de mim....

Não esqueci das promessas
é que preciso de um pouco mais de tempo
para reordenar as coisas por aqui,
mas sei que vou conseguir e te deixar feliz...

Só quero que sinta o meu amor daí
que eu fico aqui a tentar acertar
para você poder se orgulhar...

Te amo com tudo que posso
com tudo que tenho
e isso nunca vai mudar
e a saudade...
ah, essa nunca vai passar...
só me resta a certeza de que um dia
a gente vai se reencontrar...

Paredes que não satisfazem


Cansei da rotina de mim mesma
do mistério encantado nunca desvendado
do tom coloquial e cotidiano dos meus pensamentos

Essas paredes não me satisfazem mais
esse lugar não mais me cabe...

Não faz sentido procurar palavras
para jogá-las no fluxo cósmico
onde tudo é fugaz e barato
como as horas em que perco pensando
na fragilidade do caráter

Não estou aqui agora
a minha alma chora
vagando na escuridão

Não é pra fazer sentido isso que eu digo
pois a insanidade às vezes é sábia...

Perdida nesse interior
acho veias e vasos
menos o sangue quente que corre...

Acho que ele desaguou no mar
e ganhou a imensidão da solidão
como o meu pensamento
que conseguiu a liberdade da alma
e foi para muito longe...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Apresentando


Esse blog virou realidade depois de um conselho de um grande amigo:
quando você estiver com vontade de fumar, escreva!
Na verdade sempre produzi em momentos de profunda introspecção
mas, os rabiscos ficavam arquivados em pastas solitárias.
Percebi então que estava fumando demais e perdendo idéias na fumaça
Não parei ainda de fumar
e essa é uma outra história
mas, estou trocando alguns cigarros por algumas laudas!

Sou jornalista de profissão
e escrevo por paixão
ou ódio, tédio, nostalgia, saudade, solidão, amor...

Mas, não espere encontrar nesse blog grandes artigos, crônicas, colunas sobre política, economia mundial ou ciência
porventura podem até surgir, mas esse não é o grande objetivo.
Quero aqui um espaço aberto para alguns escritos, alguns devaneios.
Um espaço livre de regras, de preconceitos, e formalizações!
Apenas resolvi tirar das gavetas e da confusão dos pensamentos algumas linhas aleatórias...

Sejam bem vindos! Vamos viajar juntos?!

Efeito borboleta


O canto dos pássaros
o vendo no rosto
às vezes fazem sentido...

O mundo não está mais cinza
o sol agora brilha em meu jardim
e dá para ver as borboletas....

Brincar com as crianças
rir com os adultos
chorar com o travesseiro...

Embora existam dias nublados
quando a tempestade vem não é mais a mesma
os raios e trovões já não assustam tanto...

Gosto da minha companhia
da imagem no espelho
e das borboletas...

Saudades...


Às vezes tenho saudades da minha infância,
de ser aquela criança.
Acho que acabei fazendo o caminho inverso
de alguns contos de fada
pois, de princesa passei a gata borralheira.
Sinto falta da vida de antes
que mesmo torta estava no lugar,
no lugar pra onde eu sempre sabia que podia voltar.
Hoje não existe mais volta
o que se foi não vai voltar mais
nem a minha leveza...
Acho que a minha missão está ficando um pouco mais clara
começo a enxergar melhor
sem a cegueira dos medos.
Às vezes acho pesado demais
minhas pernas ficam fracas
a respiração ofegante
e a cabeça gira o mundo em instantes
mas, todos dizem para agüentar
porque devo saber suportar.
Tudo parece ter mudado
nada está mais no lugar que deixei
nem eu mesma.
Às vezes não sei quem sou nem para onde estou indo,
ou talvez tudo não passe de uma grande viagem interior.
Mas bem que eu queria minha vida de criança,
meu palácio, minha rainha e meu rei,
quem sabe agora até um príncipe...
Mas não, o tempo não volta mais,
nem eu sou mais a mesma.
Talvez eu esteja em pedaços
vou tentar juntar os cacos
vou ver se as flores ainda estão no vaso
e se meu coração não está em frangalhos...

O tempo da saudade


Tem dores que o tempo só sossega
Mas, nunca as leva
O tempo, relativo como ele só
Passa tão devagar pra quem sente saudade
Muito mais para um coração que sofre

Despedidas nunca são simples, fáceis
E o tempo muitas vezes não deixa nem a gente desabafar
Dizer tudo aquilo que gostaríamos
Que há tempos estava preso na garganta

Isso nunca vai passar
Nem com o tempo
A ausência tua não se supera
Apenas se acalma por momentos

Não poder ouvir
Aqueles sábios conselhos
Talvez no meu egoísmo seja o que mais faça falta
Porque o teu amor e a tua presença sempre vou sentir

Mais egoísmo ainda é pedir que cuide de nós
Que interceda junto ao Pai
Mas, é que essa minha fraqueza
Faz-me desejar teu colo

Por vezes até consigo orar e peço teu perdão
Pelas coisas erradas que fiz
E pelas certas que ainda não realizei
Na minha fraqueza te peço paciência

Por vezes desejo que o tempo corra
Para que não veja mais nada, nem sofra
Só que o tempo continua parado
E eu aqui sentada...

Sofro pelo que ainda nem aconteceu
Mas, é que talvez eu consiga realmente ver em sonhos
Aquilo que amanhã vai acontecer
E isso não me traz nada de volta

Mas agradeço a Ele esse tal tempo
Que mesmo sem querer passa
Irrita, faz sofrer, acalma
Vai levando minha alma para o Supremo


Estou indo te encontrar
Não sei ainda que dia, nem que horas
Mas, nosso reencontro está marcado
E quando te ver quero dar um abraço bem apertado

Vamos conversar sobre o tempo
E tudo que ele traz
Vou dizer que te amo
E como você fez falta todo esse tempo...

Fragmentos



Sou dia e noite
Sol e lua
Dúvida e certeza
Criança e mulher
Sou parte do mundo
Parte loucura
Experiência Divina
Parte você...

Tenho Deus como guia
Um anjo chamado “Deó”
Um protetor chamado “José”
Uma força chamada “amigo-irmão”
Já tive grandes amores
Que estão guardados no coração e na alma...

Acredito no bem e no amor
Aprendo com os erros
Tento melhorar meus defeitos
Sempre revejo meus conceitos
Tento aniquilar os preconceitos que ainda restam
Todos os dias tento ser uma pessoa sempre melhor
Pois o mundo por si só já é muito cruel...

Amo a liberdade que conquistei
Luto pelos meus sonhos
Vou atrás da felicidade
Acredito que dias melhores sempre virão
Aprendi que decepção na mata
Ensina a viver
Pois na estrada da vida
Sempre existem os porquês!

Aprendi também que mais forte que relacionamentos são sentimentos...

Choro
E cada lágrima lava minha alma
E me renova para mais uma batalha
Pois aprendi a ser guerreira
E nunca desistir de nada

Agora sou feliz
Pela vida que tenho
Por tudo que conquistei
Pelo amadurecimento que busquei
Por todas as pessoas que foram colocadas em minha vida
Pessoas que mesmo más
Me ensinaram muitas verdades pra caminhar
Nessa estrada cheia de pedras

Só tenho a agradecer a Deus
Por tudo que sou
E tudo que tenho
A única coisa que peço é perdão
Pelas falhas que cometi
E pelas mágoas que mesmo sem querer causei

Sou uma eterna apaixonada
Dentro dessa rocha existe uma flor
Que também tem seus espinhos
Mas com perfume doce, suave e delicado

Agora, vou atrás de outros sonhos
Vou buscar outros horizontes
Pois o dia me espera
A noite me aguarda
E o amor me busca em algum lugar...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Desvendando...

Aprendi que a grande máxima da vida é que o tempo é senhor de tudo,ele é capaz de curar, ensinar, trazer paz, e colocar as coisas no seu devido lugar.

A vida me ensinou a viver sozinha,e isso às vezes endurece o coração e a alma, mas, nem tanto....

Hoje sei que sou independente demais das pessoas, o que às vezes é ruim, pois, me sinto vazia, e o lado positivo é que sou livre pra voar...

Sinto que a minha saudade não é como a dos outros, porque não me faz sofrer, apesar de perturbar um pouco...

É verdade que existem muitas pessoas especiais e que as encontramos nos lugares mais inesperados. Apesar de na maioria das vezes não ficarmos com elas...

Sempre as encontramos por um motivo pré-determinado, não sei se pelos deuses ou por escolhas mesmo.

Existem pessoas e momentos que nunca, jamais, serão esquecidos...

Minha família eu mesma escolhi por laços de afinidade e espirituais...

Infelizmente os humanos me decepcionam em momentos diversos pela falta de sinceridade, egoísmo e principalmente pela desonestidade com os próprios sentimentos!

Não tenho medo da morte, pois, afinal a cada instante morrem milhares de inocentes, sem motivo aparente...

Não tenho pretensões de ser inesquecível, me basta saber que em algum momento fui insubstituível, especial e que marquei uma história...

Sou altamente adaptável a lugares e pessoas!

Tenho idéias loucas, que divergem da maioria das regras!

Realmente o amor não tem explicação, ele simplesmente acontece, existe e ponto.

Então, mais importante que relacionamentos são sentimentos... quando falo em sentimentos, ressalto os honestos, inconscientes e por vezes irracionais!

Perdoou coisas imperdoáveis e me ressinto com coisas banais, mas, nem sempre...

Acho que as pessoas são muito presas a regras, códigos de ética e deveres de moralidade. Penso que isso cerceia um pouco a felicidade, a espontaneidade.... mas, não leve isso tão a sério, pois pode beirar a promiscuidade!

Acho que pra viver nesse mundo é necessário uma certa dose de loucura e muito bom humor! Saber rir das desgraças da vida é fundamental, como já dizia Renato... o Russo!

Não devemos nos apegar a pequenas coisas, nem nos deixar levar pelo impulso dos sentimentos inferiores! A impulsividade, unida à fúria nos faz cometer os maiores erros da existência térrea!

Sou essa contradição entre o ser e o pensar, entre o querer e não querer.

Assumo que gosto de ser assim e que não gosto de ninguém mexendo na minha confusão.

Gosto de ser esse paradoxo e minhas peculiaridades só eu sei. Não tente descobrir, porque no meu mundo imaginário só penetram os meus próprios sonhos...

Dou sempre o melhor de mim, embora nem sempre as situações mereçam! Mas, ainda acredito que é melhor assim...

Não sou a mesma de antes, existem várias faces em mim. Estou apenas um pouco mais seca e endurecida, mas acho que isso faz parte do amadurecimento!

Procuro cultivar sentimentos bons sempre, mas não sou um anjo Kerumbim... ops! Querumbim! rsss

Porém mais mulher, mais feliz! Sou vaidosa sim, gosto de elogios, mas, não gosto muito de espelhos...

Quero descobrir grandes verdades, mas não tenho pressa.

Não tenha medo de fazer escolhas! Aposte, arrisque e pague o preço, talvez elas te levem pra onde você vai querer estar...

Isso tudo é pra dizer que eu amo.... a vida!

E o que eu ganho e o que eu perco ninguém precisa saber!

Sou metade amor e a outra metade também...

Não gosto de plágios, mas, esse vale à pena!

Faço parte da sua vida, assim como você faz da minha, mesmo sem saber... mesmo sem querer...

Trago pedaços em mim, e deixo fragmentos por onde passo...

Ah, acredito e confio em Deus, tenho um anjo e um porto seguro! Maria e José!*********************