quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Dando um tempo



Dei um tempo
Cansei de falar de mim
Acho que as pessoas
Não têm mais que me agüentar

Dizer mais o que?
Que eu ainda tenho os mesmos problemas
As mesmas questões mal resolvidas
De toda uma vida

Basto eu sufocada!

Bloqueio



Estou com um bloqueio de palavras
Que ainda não sei explicar
Me faz falta
Poder expressar
Essa agridoce agonia

Tudo me foge à mente
Até o destempero de antigamente

Sinto tudo contido, calado
Esperando um espaço
Para poder ser disparado

Me afastei um pouco de tudo
Até dos desabafos
Acho que cansei
De tanta repetição
Enfadei de mim

Sinto vergonha
De não ter conseguido resolver os problemas
Que quase sempre me custaram tão caro

Atualmente prefiro sentir a vista escurecida
A tontura que toma conta
O medo que acha brecha
E o mal estar que por vezes impera

Talvez isso seja um pedido de socorro
Uma forma de dizer: chega! Não agüento mais!
Eu já esperei o bastante para que ficasse tudo bem
Mas, sempre tem um porém

Não é nada disso não
Sou só eu de novo
Tentando usar as velhas amigas
Para ser compreendida