quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

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Tenho um coração profundamente magoado
uma alma marcada
e muitos pedaços para juntar
do silêncio das palavras não ditas
da verdade que nunca aparecera
e da indiferença a mim dirigida

Como pensar diferente
se não existem explicações
pedidos de desculpa
ou no mínimo confirmações
de que o amor é coisa não combinada

O vento, suave como a brisa
que me trouxe a primavera
e consigo o perfume das flores
virou um tufão
e me deixou apenas rastros de destruição

Pobre de mim que acreditei no tempo
que pedi a lua
um pouco mais de amanhecer
que vi o sol se pôr
e sonhei com um pouco mais de amor

Isso não é coisa pra mim
não quero mais tanta dor
me deixa sofrimento
vai assombrar outro desavisado
que nem se quer se preparou
para mais um dissabor

Vou ver o que me sobrou
desse castelo que desmoronou
deixando feridas abertas
e nenhuma resposta

É que nunca vi flores tão belas
morrerem assim
não sei se foi falta de luz ou liberdade
mas, sei que dei o melhor de mim
tentei regá-las
mas, foram afogadas
eu nem vi nada
e choro sem saber porque as levaram

Sossega coração
vamos cuidar do nosso jardim
quem sabe um dia as rosas renasçam
o sol volte a brilhar
e eu consiga admirar de novo a lua

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