terça-feira, 27 de novembro de 2012
Queria
Queria mais alegria
Menos cara amarrada
E riso fácil
Queria mais serotonina
Menos mau humor
E bastante espontaneidade
Queria mais dias
Menos noites
E poucas nuvens
Queria mais música
Menos televisão
E uma quantidade considerável de arte
Queria mais paixão
Menos desânimo
E grandes doses de confiança e autoestima
Queria mais fé
Menos dúvidas
E ajuda para carregar os pesos
Queria mais cores
Menos cinzas
E o final do arco-íris
Queria mais carinho
Menos reprovações
E muitas declarações de amor
Queria mais vida
Menos perca de tempo
E soluções imediatas
Queria muito mais de mim
Menos lamento
E alguma ação
Queria muito mais sorte
Menos provações
E alguns prêmios de bandeja
Queria muito mais moleza
Menos comparações
E que as portas se abrissem com sutileza
Queria muito mais felicidade
Menos espera
E um tantinho de astúcia
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Sobre a preguiça
Eu tenho preguiça de falar
É... de falar!
Já viu disso?
Vou tentar explicar...
Acho que tenho um sistema parecido com esses tecnológicos
Que economizam energia
Então, de vez em quando entro em “modo de espera”
Posso ficar assim por horas
Quem sabe até um dia inteiro
Simplesmente sem vontade de falar
Sem vontade de emitir opinião ou responder algo
É como se me reservasse nos meus pensamentos
E achasse todo o resto desinteressante
Ao ponto de não merecer uma palavra minha
E me irrito quando as pessoas insistem em conversar
Nesses casos eu só murmuro ou monossilabo
Para manter a “boa” educação
Não adianta forçar
É só me deixar recarregar as baterias
Que eu volto a achar as piadas sem graça um pouco interessantes
E a balbuciar uma frase inteira
Chegando até a me estender em um diálogo
Já está bom né?
Estou ficando cansada de digitar
Que pra mim é um quase falar
Aproveite essas minhas palavras
Porque não é todo dia que as dou de graça
5,4,3,2,1,0....
Mode off!
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
O amor que se transforma
Sempre acreditei em verdades que eu mesma criei
E hoje tenho fé mais ainda em uma delas
Na máxima de que o amor não morre, apenas se transforma
Tenho no meu coração um espaço bem aconchegante
Cheio de calor e carinho para as pessoas especiais
Para aquelas que eu amei pela história, companheirismo
Pelo riso, juras, momentos, conversas, vida e experiências compartilhadas
Tem gente que simplesmente passa
Deixa uma lição, um aprendizado, uma boa lembrança
E segue seu caminho
Mas, tem pessoas que a gente continua amando
De um jeito meio inexplicável, de uma maneira meio boba
Feito criança que se apega a um brinquedo e não quer largar
São essas pessoas que fazem a gente olhar para trás
E agradecer por ter vivido, por ter se entregado, por ter amado
São exatamente essas que fazem a gente sorri no meio da tarde
E ficar contente por ter notícias de felicidade
Pensei que eu era louca, estranha, por guardar tanto amor em mim
Mas, descobri que tem mais gente assim
Que simplesmente ama com a alma
E pra você que ama como eu
Dedico esse poema
Cheio de alegria
E de certeza que o amor não morre
Apenas se transforma!
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
E... casei
É verdade, eu casei. Quer dizer, não foi como sonhei. Ainda não teve o “Felizes para Sempre” do padre, nem festa, muito menos bem casado. Mas, teve mudança, escovas de dente juntas, roupas dividindo o mesmo espaço e principalmente muito amor compartilhado. Ainda estão nos planos o juiz de paz e um churrasco. Isso tudo para março. Mas, por enquanto a gente vai vivendo assim, comemorando cada tijolinho que vai alicerçando a relação. E essa história de estar casado significa muito trocar o sábado no salão pela faxina, as saídas por filmes, baladas por dormir abraçado. Representa ver dúvidas virarem escolhas e certezas, ficar feliz por comprar televisão nova, sofá e mesa de sinuca. Se sentir completo por simplesmente acordar com seu amor ao lado. Casar é compartilhar, dividir, somar, multiplicar. É começar a pensar por dois. Se sentir realizado pela alegria do outro e entrar em comunhão de almas. Então, sim, estou casada. Muito bem casada, abençoada e feliz. Porque estou realizando meu maior sonho. Tenho o melhor marido do mundo, o amor mais bonito e todos os motivos para acreditar que Deus nos uniu pra ninguém separar.
3 letras
Queria não sentir culpa, nem pena, nem medo de estar sendo egoísta
por ter tomado decisões e feito escolhas. Eu precisava olhar pra mim,
agarrar meus sonhos e viver minha vida. Afinal, você nunca foi tão atencioso assim
para notar uma tristeza, uma decepção ou lágrima que tenha me feito rir ou chorar. Você sempre ficou longe, cobrando uma atenção e carinho que não soube dar.
Permaneceu distante quando mais precisei e eu fingi que não me importei,
continuando no meu lugar. A verdade é que minha vida toda eu esperei você perguntar como ia a escola, se eu estava namorando ou ia casar. Por muito tempo desejei que você questionasse como tinha sido meu dia, se eu tinha me aborrecido ou comemorado. Ao contrário do esperado, você acabou com tudo, abusou da minha confiança e veio me pedir pra consertar. Mas, também como exigir algo que a pessoa não tem para dar. Talvez conselhos, colo, atenção e um pouco mais de preocupação
não façam parte do seu repertório. Ainda por cima acho que a culpa é minha, que tenho que prezar pelo seu bem estar, ocupar sua solidão e pedir perdão. Mas, perdão pelo quê? Por ter seguido meu destino e procurado satisfazer meus anseios. Não tenho culpa de nada, muito menos da parte em que Deus, a vida, ou quem quer que decida
tirou nossa base sem deixar explicações. Talvez tenha que ser assim. Eu como sempre pela metade, parte feliz, parte em partes. No fundo você até já fez o melhor por mim
quando me deu meu anjo, que me guia, me rege e me guarda. Já que não tem outro jeito
vou fechar os olhos para ver se escuto conselhos, perco o medo e aprendo a viver toda feliz.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Dando um tempo
Dei um tempo
Cansei de falar de mim
Acho que as pessoas
Não têm mais que me agüentar
Dizer mais o que?
Que eu ainda tenho os mesmos problemas
As mesmas questões mal resolvidas
De toda uma vida
Basto eu sufocada!
Bloqueio
Estou com um bloqueio de palavras
Que ainda não sei explicar
Me faz falta
Poder expressar
Essa agridoce agonia
Tudo me foge à mente
Até o destempero de antigamente
Sinto tudo contido, calado
Esperando um espaço
Para poder ser disparado
Me afastei um pouco de tudo
Até dos desabafos
Acho que cansei
De tanta repetição
Enfadei de mim
Sinto vergonha
De não ter conseguido resolver os problemas
Que quase sempre me custaram tão caro
Atualmente prefiro sentir a vista escurecida
A tontura que toma conta
O medo que acha brecha
E o mal estar que por vezes impera
Talvez isso seja um pedido de socorro
Uma forma de dizer: chega! Não agüento mais!
Eu já esperei o bastante para que ficasse tudo bem
Mas, sempre tem um porém
Não é nada disso não
Sou só eu de novo
Tentando usar as velhas amigas
Para ser compreendida
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