sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sozinha


Hoje estou a fim de ficar sozinha
Estou tão bem
Com os meus pensamentos
Amor e nostalgia
Experimente! Uma dose de solidão
Vai bem com um monte de coisas
Que normalmente a gente não entenderia!

Segredo...


Ando sonhando acordada
Sorrindo à toa
Cantando alto
E sendo feliz na maioria dos dias

Eu tenho um segredo
Estou apaixonada
Mas, tenho que falar baixo
Para ninguém escutar

Eu ando acreditando no acaso
Na força transformadora do amor
Que faz vencer barreiras
E enlouquecer lucidamente

Eu paro no meio do trabalho
Para lembrar dos seus dedos passeando pelo meu cabelo
Do seu jeito torto de gostar
E do quanto me sinto em paz só de te abraçar

Estou amando tanto que nem sei falar
Fico boba só de pensar
Em teu sorriso de menino
E em cada momento que conquistei ao seu lado

É tudo tão diferente
Suave e intenso
Forte e tranqüilo
Doce e apimentado

Estou amando
Mas, não conta pra ninguém
Deixa isso em silêncio
Só aqui dentro do meu coração

A gente já encontrou um lugar
Bem perto um do outro
E isso basta
Para eu ser feliz e cantar

Lá, lá, lá
Ops! Vou parar!
Pode alguém escutar
Silêncio! Silêncio! Deixa só o coração pulsar!

Nostalgia


Tenho saudades de tudo que vivi
Dos momentos da escola
Do jogo de bola
E do intervalo

De declamar poesias
Tocar piano e fazer balé
Dos dias de sábado
Passeando pelo comércio na companhia de Mainha

Do primeiro beijo
E dos banhos de mangueira
Regados a confidências
De o início de uma adolescência no tempo certo

Das primeiras bebedeiras
Das muitas festas
E das resenhas do dia seguinte
Que sempre surpreendiam os menos sóbrios

Das risadas, choros e brigas
Dos muitos amigos
Que ficaram pelo caminho
E que fizeram toda a diferença

Dos banhos de rio
Acampamentos e viagens improvisadas
E dos motivos que a gente sempre arranjava
Para estarmos juntos

Dos tempos de faculdade
De morar sozinha
E de dividir experiências
Com pessoas que mal conhecia

De um monte de coisas
Que eu nem sabia que me lembraria um dia
E que agora fazem doer o peito
De tanta nostalgia

De sentar na porta
Brincar de esconde-esconde
Elástico
E Banco Imobiliário

De tomar sopa
Beterraba com mel
Biotônico Fontoura
E Emulsão Scott

Dos amigos que se tornaram irmãos
E não podem estar perto
Porque a vida sempre tem um rumo certo
Para aqueles que amam de coração

Até das decepções e desilusões
Que sempre rendiam conversas na madrugada
Alguns porres
E muitas músicas para marcar o que se sentia

Daquela solidão proposital
Que sempre colocou em ordem
Tudo que se passava aqui dentro
Mesmo que com o ‘delay’ tardio

De todos os lugares
De todas as paisagens
Que meus olhos e coração puderam guardar
Para uma hora dessas me fazerem lembrar como era bom sonhar

Dos amores, paixões e olhares
Dos incríveis momentos
Que me fazem lembrar
De como foi bom caminhar

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Outro lado


Acho que não sou muito normal mesmo não
Essa carinha de boa moça e de atitudes contidas
Às vezes não me enganam não
Vem de repente uma vontade de gritar
E jogar para o alto, para o chão
Tudo que eu tiver na mão
Sinto vontade de pular no pescoço
E esganar até faltar o ar
Eu não me suporto
Tenho pensamentos malévolos
Falo palavras obscenas
E subitamente tenho tendências destrutivas
O que eu quero casualmente
É fechar o quarto e mandar todos os meus pesadelos
Assustarem outro fracassado
Porque os meus pensamentos por hora já me assustam
Mais do que eu gostaria
Tenho medo de mim mesma
E desse bicho selvagem que tenta mostrar as garras
Quando estou mais vulnerável e mal humorada
Ah, e antes que eu me esqueça
Vá para o inferno
Que eu vou fumar um cigarro!