quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Escuro


A noite está estranha
Mais escura do que o habitual
Minha rua não tem luz
As pessoas saem às portas
Em busca de algo
Que nem elas sabem onde deixaram
Talvez apenas para encontrar alguém
Com quem possam conversar

Não vejo a lua
Ela se esconde longe
Muito longe
E eu precisava tanto dela
Para desabafar minha alma
Para contar as vidas que se passam
Nesse lugar que há tanto vivo

Tenho medo desse silêncio
Não ouço nada
Apenas o som do meu instinto
Que teima em dizer
Apague a luz e descanse
Que a natureza trará um novo amanhecer

É que necessito de presenças
Não gosto de tanta escuridão
Meu pensamento já perambula desalinhado
E se não houver luz como há de ser então?

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