quinta-feira, 30 de setembro de 2010



Queria chorar
Mas, não consigo
As lágrimas não rolam na face
Mas, inundam o coração
Quero o meu perdão
Por não transbordar tudo que sinto

Eu não minto
Minha sofreguidão
É calada, contida
Entalada na garganta
Desejando um grito
Sempre sufocado
Por um ar que não respiro

É como eu digo
Não quero ser durona
Fria ou insensível
Essa é apenas a maneira
Que o meu inconsciente encontrou
De me resguardar da crítica do mundo
E principalmente do meu severo julgamento

Queria soltar o verbo
Chorar até soluçar
Olhando no espelho
Até ver minha alma aliviar
Mas, só consigo guardar
Tudo que eu tinha para te dar

Enquanto meus olhos não molham
Vou escrevendo versos
Para acalmar meu lamento
E através das palavras
Vou chorando todo o meu pranto
Que teima em não derramar

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